domingo, 1 de agosto de 2010

Ogorún- Odum - Ilê Axé Opô Afonjá

100 años do Ilê Axé Opô Afonjá (Salvador – BA)


"Casa de fuerza sustentada por Àfònjá" una cualidad de Sàngó.

Nesta sexta-feira (30), um dos mais antigos e tradicionais terreiros de Candomblé da Bahia, o Ilê Axé Opô Afonjá, completou 100 anos de criação com festa e discussões sobre a tradição religiosa de matriz africana. A cerimônia, realizada no barracão principal do terreiro, no bairro do Cabula, contou com a presença do secretário Especial para Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Elói Ferreira, da primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça, e dos secretários estaduais de Cultura (Secult), Márcio Meirelles, e da Promoção da Igualdade (Sepromi), Luiza Bairros.
A festa foi aberta com uma saudação dos Alabés do terreiro à Casa. Depois, os convidados assistiram a uma apresentação de dança comandada pelo coreógrafo Clyde Morgan. Também houve o lançamento pelos Correios de um selo em homenagem ao centenário do terreiro, que traz a imagem de Xangô, o orixá da Casa, e da Bandeira do Brasil. Uma apresentação dos Filhos de Ghandy encerrou a cerimônia.
Os festejos continuam durante todo o fim de semana, com a realização de mesas redondas, palestras, inauguração do busto de Mãe Aninha, lançamento de livros, exibição de vídeos, apresentação do bloco Cortejo Afro, além de apresentações de grupos de capoeira, dança e da Banda Aiyê. A Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) realiza a transmissão, via web, das comemorações, que ocorrerão até o próximo domingo (1).


Clyde Morgan, reconocido coreógrafo profesor de danza de la Universidad Estatal de Nueva York y Ogán do Ilê Axé Opô Afonjá.

É um momento para reverenciar o exemplo dessas mulheres, que durante 100 anos lutaram pela afirmação da identidade negra e da manutenção de suas raízes, disse Luiza Bairros. O secretário da Cultura lembrou que festejar os 100 anos do Afonjá é comemorar a vitória do povo negro na Bahia. Eles conseguiram vencer as adversidades e a perseguição para manter viva a tradição do Candomblé.
Digitalização Desde o ano passado, o Governo do Estado, por meio de uma parceria entre a Sepromi, a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) e as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), realiza o trabalho de digitalização do acervo do terreiro.
O Centro de Documentação e Memória Afonja é especializado em cultura africana e afro-brasileira, tendo um vasto acervo bibliográfico, etnográfico e histórico, que poderá dar suporte às áreas governamentais voltadas para a execução de políticas públicas de promoção da igualdade racial.
História - Fundado em 1910 por um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca, comandado por Mãe Aninha, o Ilê Axé Opô Afonjá foi marcado pela luta de afirmação e manutenção das tradições religiosas. Durante estes 100 anos, cinco mães de santo comandaram o espaço, sempre com destacada atuação junto a sociedade baiana.
Em 1936, por exemplo, Mãe Aninha foi até o então presidente Getúlio Vargas para conseguir a liberação dos cultos, que eram fortemente combatidos pela polícia da época. Com a morte de Aninha, em 1938, a Casa passou a ser comandada pela iyalorixá Bada, conhecida como Olufan Deiyi, seu nome sacerdotal, que governou o Ilê Axé de 1939 até 1941, quando veio a falecer. Para substituí-la, assumiu o matriarcado do templo, Maria Bibiana do Espírito Santo, a veneranda Mãe Senhora de Oxum.
Ela comandou o Ilê Axé Opô Afonjá, que, em português, significa A Casa de Força Sustentada por Xangô, durante 26 anos. Reformou, ampliou o terreiro e atraiu para os cultos nomes importantes da cultura baiana como Jorge Amado e Pierre Verger.
Depois de Mãe Senhora, o Afonjá passou a ser comandado por Mães Stella de Oxossi, que até hoje ocupa o trono da Casa. Considerada a mais politizada e intelectual das ialorixás que estiveram à frente do terreiro, ela combateu o sincretismo religioso, escreveu livros, estimulou a pesquisa e o registro escrito das tradições como forma de manter a memória. Hoje, o Opô Afonjá tem uma escola modelo no ensino da cultura negra no Brasil, um museu com peças e documentos relativos ao culto do Candomblé, além de uma biblioteca.


Ìyá Odé Kayodé de Òsóòsí.

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Sitios relacionados:

http://www.jornalagaxeta.com.br/materias.php?opt=2&mat=963
http://www.flickr.com/photos/ministeriodacultura/sets/72157624372154685/detail/
http://www.comunicacao.ba.gov.br/fotos/2010/07/30/100-anos-do-ile-axe-opo-afonxa-1
http://www.jusbrasil.com.br/politica/5386822/terreiro-ile-axe-opo-afonja-100-anos-de-afirmacao-da-identidade-negra

Publicado por:
Bàbálórìsà Esteban ti Òbàtálà.

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